
Promotoria da Finlândia pede prisão de tripulação acusada de romper cabos no Báltico

O Ministério Público da Finlândia solicitou, nesta sexta-feira (12), penas de dois anos e meio de prisão para o capitão e dois oficiais superiores de um navio suspeito de cortar cabos no Mar Báltico em 2024.
Os três tripulantes do petroleiro Eagle S, registrado nas Ilhas Cook, são acusados de arrastar a âncora do navio pelo fundo do mar por cerca de 90 quilômetros, danificando cinco cabos submarinos no Golfo da Finlândia em 25 de dezembro de 2024.
Suspeita-se que o Eagle S pertence à frota fantasma da Rússia. Os três homens foram acusados de "crimes de dano qualificado e interferência qualificada nas comunicações".
Durante o julgamento, os promotores argumentaram que o trio negligenciou suas funções intencionalmente, após zarpar do porto russo de Ust-Luga no dia de Natal.
"Pedimos um mínimo de dois anos e seis meses de prisão incondicional", declarou a promotora Heidi Nummela ao tribunal distrital de Helsinque. O veredicto está previsto para 3 de outubro.
O capitão do navio, Davit Vadatchkoria, da Geórgia, e os oficiais Robert Egizaryan, também georgiano, e Santosh Kumar Chaurasia, indiano, negaram as acusações.
O cabo elétrico EstLink 2 e quatro cabos de telecomunicações que conectam Finlândia e Estônia foram danificados no incidente. Isso colocou em risco o fornecimento de energia e infraestruturas críticas finlandesas, segundo a Promotoria.
No ano passado, vários cabos submarinos do Báltico sofreram danos, o que muitos especialistas classificaram como parte de uma "guerra híbrida" da Rússia contra os países ocidentais.
X.Boucher--SMC