
Premiê diz que plano de Israel para Gaza é 'a melhor forma de acabar com a guerra'

O novo plano israelense para tomar a Cidade de Gaza "não tem como objetivo ocupar Gaza", afirmou, neste domingo (10), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que considerou esta "a melhor forma de acabar com a guerra" iniciada há 22 meses no território palestino.
"Completamos grande parte do trabalho. Temos entre 70% e 75% de Gaza sob o controle militar israelense", declarou o líder israelense durante uma coletiva de imprensa em Jerusalém.
"Mas ainda nos restam dois baluartes: são a Cidade de Gaza e os campos" do centro da Faixa de Gaza. "Não temos outra opção para terminar o trabalho".
Segundo o plano validado na sexta-feira pelo gabinete de segurança israelense, o exército "se prepara para tomar o controle da Cidade de Gaza", no norte do território e destruída em grande parte.
Este plano "não tem como objetivo ocupar Gaza, mas desmilitarizar Gaza", repetiu Netanyahu. "Esta é a melhor forma de acabar com a guerra e a melhor forma de terminá-la rápido".
"Em primeiro lugar, desarmar o Hamas. Em segundo lugar, libertar todos os reféns. Em terceiro lugar, desmilitarizar Gaza. Em quarto lugar, Israel exercerá um controle de segurança preponderante. Em quinto lugar, uma administração civil pacífica não israelense (...) É o que queremos ver em Gaza", resumiu o primeiro-ministro.
Netanyahu afirmou que será permitido à população civil "abandonar com toda a segurança as zonas de combate para ir para zonas seguras designadas" e que esta receberá provisões "em abundância".
O líder israelense voltou a acusar o Hamas de saquear os caminhões com ajuda para os civis palestinos e a ONU de "se negar sistematicamente, até há pouco, a distribuir os milhares de caminhões que deixamos entrar em Gaza".
"Vamos designar corredores protegidos" para a distribuição de ajuda e "aumentar o número de pontos de distribuição de ajuda da GHF", a fundação privada apoiada por Estados Unidos e Israel, acrescentou.
O primeiro-ministro também denunciou o que chamou de uma campanha global de mentiras contra Israel. "As únicas pessoas que hoje em dia estão deliberadamente famintas em Gaza são nossos reféns, famintos por culpa dos monstros do Hamas", afirmou.
Israel "vencerá a guerra com ou sem o apoio de outros" países, assegurou.
T. MacDonald--SMC